segunda-feira, 26 de julho de 2021

As ameaças contra a Constituição e a sociedade serão derrotadas pela força do voto e poder das instituições

 


As frases de efeito no contexto de um desejo pessoal criam apenas narrativas que se apagam na mesma velocidade que são veiculadas. Nesse contexto está a discussão da não realização de uma eleição no Brasil se a Câmara e o Senado Federal não aprovarem o voto impresso, desejo pessoal de um presidente que na verdade não quer o voto impresso por defender a legalidade, transparência e correção. Bolsonaro quer, na verdade, estabelecer um ambiente de corrupção ou irregularidade na eleição que será realizada dentro de 14 meses para judiciar o processo e desqualificar o vencedor da eleição. Tipo assim: se for ele o vitorioso, foi legal. Se for outro teve marmota, roubalheira na urna eletrônica. 

O povo brasileiro não aceita qualquer posicionamento contra a eleição. Não é pauta a ser negociada. As falas de civis e militares sobre possíveis cancelamento das eleições são criminosas, merecem punição por parte do Supremo Tribunal Federal, a corte suprema, criada para proteger a nação e, principalmente a Constituição Federal, o conjunto maior de leis que equilibra o funcionamento da República. O corajoso ministro Luiz Roberto Barroso alertou os defensores do golpismo sobre o crime que cometem ao defender pontos de vista que não estejam dentro do que preconiza a constituição.  

Algumas lideranças de Brasília, não entenderam ainda que o mapa do Brasil é formatado por estados, municípios e cerca de 210 milhões de habitantes. O Brasil não é só Brasília, não é apenas a ilha da fantasia, o antro de corruptos e mentirosos. O Brasil tem no seu histórico a defesa da liberdade e o voto é a maior arma, expressão e argumento para manter acesa essa chama que faz a sociedade se movimentar com segurança, coloca o país no mapa dos países atrativos a investidores e no contexto de nação. Ruptura de eleições não consta na pauta do brasileiro.

O ex-presidente americano Abraham Lincoln disse durante momento difícil que “Um boletim de voto tem mais força que um tiro de espingarda”. Calou militares e uma direita golpista nos Estados Unidos que não aceitava resultado das urnas e alternância de poder. A urna é sinônimo de liberdade e  força popular. O legado americano e de toda Europa deve servir de lição. O voto decide tudo, certo ou errado. Lincoln foi eleito pelo voto, sem o voto não chegaria à presidência da maior nação do mundo por conta do preconceito. No Peru um agricultor não seria o homem número um da nação, na Bolívia um índio governou o país, Brasil tivemos Lula um metalúrgico e, também Bolsonaro, um capitão do exército. O voto é importante porque nele vai junto a esperança. O sonho da escola, de mais saúde, emprego e melhoria de vida.