Essencial na garantia de atendimento, recuperação e salvamento de vidas, o profissional de Enfermagem atua em clínicas, hospitais e instituições de saúde. São enfermeiros, técnicos e auxiliares que têm trabalhado incansavelmente na linha de frente de combate à pandemia da Covid-19, seja na assistência ao paciente ou na administração dos cuidados e da rotina das unidades hospitalares.
No Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192), esses trabalhadores compõem as equipes multiprofissionais que prestam socorro 24 horas em todas as regiões do Ceará, integrando as redes de atenção em saúde de todo o Estado.
E nesse dia a dia de luta pela vida, a técnica de enfermagem Rosângela Tavares sente na pele a responsabilidade e o dever do salvamento em situações onde o tempo é o maior inimigo. Ela atua na Unidade de Suporte Intermediário (USI) de Caucaia, no atendimento pré-hospitalar a pacientes com agravos de naturezas diversas, inclusive vítimas de infecção pelo coronavírus. “Este ano de pandemia tem sido muito difícil. Temos vivido situações novas e desafiadoras, como o gerenciamento de conflitos em que precisamos nos proteger e, ao mesmo tempo, garantir a melhor assistência ao paciente”, comenta.
Rosângela Tavares sente na pele a responsabilidade e o dever do salvamento em situações onde o tempo é o maior inimigo
Também operadora de frota na Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), a profissional abraçou a responsabilidade do atendimento humanizado em meio a tantos desafios que o dia a dia implica. “Um dos episódios que mais me marcaram nos últimos meses foi uma paciente com quadro de Covid-19 sendo transferida entre unidades hospitalares. Com muito medo, ela perguntou várias vezes se a família dela sabia para onde ela estava indo, relatou que era muito querida no seu bairro e pediu que eu segurasse sua mão até chegar ao hospital”, relata.
Apesar das perdas, do medo e das frustrações que a pandemia e a própria Enfermagem acabam obrigando Rosângela a enfrentar, ela afirma que também existe um lado positivo e recompensador. “As realizações da profissão são o reconhecimento e saber que o paciente que você transportou saiu bem na alta hospitalar, pois esse desfecho tem muito a ver com o primeiro atendimento”, afirma