quarta-feira, 19 de maio de 2021

CPI quer saber por que o ex-ministro da saúde Eduardo Pazuello deixou de comprar a vacina



O ex-ministro Eduardo Pazuello está promovendo manobras para não abrir o bico e contar toda a verdade sobre sua passagem pelo ministério da Saúde.  O general, que não conhecia nada do tema Coronavírus e saúde, foi parar no ministério como tendo recebido uma “missão” do presidente Jair Bolsonaro, o capitão que ocupa o Palácio do Planalto.  Pazuello foi um fracasso como ocupante do cargo. “Ele foi mal escalado”, disse o general Mourão, vice-presidente da república e general de 4 estejas, superior de Pazuello, um general de divisão. 


O depoimento desta quarta-feira, 19, do ex-ministro Pazuello pode ser esclarecedor para a sociedade brasileira. A população quer saber por que ele não comprou vacinas para imunizar os brasileiros. Só essa explicação será suficiente para justificar o pesadelo enfrentado por ele, seus amigos do Palácio do Planalto e a sociedade do nosso país que está implorando por vacina todos os dias. 


É de fazer dó o castigo imposto ao Brasil pelos fornecedores de vacina. Ficamos com a sobra. A vacina da China, ou do Dória, rejeitada por Pazuello e Bolsonaro, salvou o Brasil e está salvando brasileiros. A Coronavac imunizou a sofrida população, angustiada, que luta contra a Covid-19 para viver.


 Um homem público, como o general Pazuello, pago pelo imposto recolhido do contribuinte jamais poderia ter virado as costas para a pátria. Nada é tão ridículo quanto o momento exibido para a nação quando Pazuello, justificando a negativa da vacina afirma: “ele manda, eu obedeço”, olhando para o presidente Bolsonaro. O preço político do descaso vai chegar. O vice-presidente Mourão numa referência clara de crítica ao companheiro de farda e patente foi curto e grosso: “ele não deve vestir farda, deve ir como civil e falar a verdade”. Mourão fez um gesto mostrando que o exército não aprova e não aprovou a conduta de Pazuello. 


Em vez de buscar vacina, comprar, construir relações com países fornecedores, o governo brasileiro continua tropeçando, criando dificuldades. O novo chanceler, Carlos Alberto França, conseguiu restabelecer canais. Até o presidente foi convencido para não falar mal de países parceiros, mas estraga tudo em nome de uma vontade política de defender o contágio de rebanho e desprezar a China, o país que detém a maior produção do imunizante contra a Covid-19 no planeta. 


A CPI da Covid-19 é vista pelo presidente Bolsonaro como uma vitrine para destruir seu governo e lhe arrancar da cadeira do Palácio do Planalto. Uma fantasiosa retórica para estimular os guerrilheiros de ultra direita. A CPI busca a verdade. O embate político é natural. Criminosos não querem ver seus malfeitos descobertos, seus atos publicitados. O estrago foi feito ao permitirem a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito.  Uma coisa o brasileiro já percebeu: após a instalação da CPI , compraram a vacina da Pfizer e o país está próximo de comprar a vacina Sputnik V