sexta-feira, 14 de maio de 2021

Com 45% de avaliação negativa e apenas 24% de popularidade Bolsonaro está derretendo como FHC e Temer. Quem vai herdar os votos?



Como um sorvete que sai do freezer e vai para a casquinha antes de ser consumido, o governo Bolsonaro está derretendo, desmanchando, segundo pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira em todas plataformas da imprensa tradicional e redes sociais. Bolsonaro tem
seu governo rejeitado com péssimo e regular por 70% da população. O presidente tem 24% de avaliação positiva. Pouco para quem foi eleito pelo povo na expectativa de reconstruir a economia e impor ética na coisa pública. O governo dos bolsonarista se tornou uma trincheira de batalhas diárias, girando em torno de bate-boca e fake news nas redes sociais. 

Com Bolsonaro definhando, a sucessão presidencial aponta para um cenário imprevisível, colocando todos  os nomes surgidos até agora com chances eleitorais.  Está evidente um segundo turno.  No apanhado do DataFolha, Bolsonaro seria derrotado por Lula e Ciro.

A CPI da Covid pode afundar ainda mais o governo Bolsonaro. O alto risco de negar a pandemia parece ter caído nas costas do presidente.  Os depoimentos apontam para denúncias graves de negligência e abandono ao combate a pandemia. Bolsonaro defende a contaminação em manada com a liberação total da economia, deixando apenas idosos em casa. Sua tese parede ser rejeitada pela maioria da opinião pública.  O pelotão de choque do chefe do planalto tenta desviar o foco da CPI para governadores e prefeitos, mas não consegue. Perdeu na articulação, e o Senado montou uma comissão de investigação com maioria favorável ao isolamento social.  Nas cordas, o time de Bolsonaro tenta, em todas as sessões, tumultuar os depoimentos. O desgaste só aumenta. 

Bolsonaro, Lula e Ciro estão na estrada para a sucessão presidencial. Ciro aposta na transferência dos votos do eleitor de centro que apostou em Bolsonaro e parece estar desistindo do presidente de direita radical. O pré-candidato do PDT está com equipe nova no marketing e nova linguagem de comunicação, até enterrou o Ciro briguento e surgiu um Ciro com críticas e ao mesmo tempo propositivo.  A pesquisa injetou ânimo no grupo de Ciro, que trabalha com a hipótese de Lula não sair candidato.