Na imprensa cearense tem três jornalistas investigativos. Donizete Arruda, Demitri Túlio e Fernando Ribeiro. A Covid-19 tirou de cena Fernando Ribeiro, uma morte que “vai deixar um vazio”, escreveu Donizete Arruda, seu chefe atual na rádio Plus FM e seu amigo pessoal há muitos anos.
Os maiores escândalos envolvendo corruptos, criminosos e policiais que atuavam no mundo do crime tinha o DNA do repórter investigativo Fernando Ribeiro que tive oportunidade de tê-lo na redação que participei.
O jornalismo brasileiro perde um ícone, um texto sério, uma narrativa que ajudava a equilibrar a sociedade.
A coragem de atuar na sensível área investigativa no chamado jornalismo social, ou editorias de cidade e polícia, fez do Fernando um homem perseguido por políticos, agentes públicos e corruptos influentes no mundo do poder. Apesar da perseguição não se curvou, mesmo privado do emprego tirado, das limitações financeiras. Quem matou Fernando Ribeiro foi a Covid que ele desafiou também e não os bandidos de colarinho branco que nunca o deixaram em paz.