segunda-feira, 15 de março de 2021

A vacina empurrou o Brasil para o caminho do entendimento

O tiroteio político, aos poucos, está sendo levado para a margem da campanha politica de 2022, sinalizando uma temporada de soluções para os problemas que realmente interessam no momento: vacina, novo normal, emprego e reconstrução de vidas. 

O pacto para travessia do momento difícil encarado pela Nação foi muito bem recebido pela classe política. A sobrevivência de todos os responsáveis pelo destino do país depende da temperatura política, do ambiente econômico, do pão e da carne chegando aos mais pobres. 

Não se pode viver em um lugar que tem uma pirâmide de enorme desigualdade, sem olhar para um projeto que desmonte a gigantesca diferença entre sua gente. Não se cogita o velho discurso da comparação abismal entre ricos e pobres, apenas garantir a todos a oportunidade de uma vida digna. 

O governo federal vai bancar o auxílio emergencial. O valor, R$ 250, não é o ideal, mas o possível, segundo o Tesouro Federal. Governadores estão criando, também, um formato para complementar a renda dos atingidos pela pandemia. Prefeitos já sinalizam com ajudas para atenuar o sofrimento dos miseráveis que habitam cidades em maior número ao tempo do pico da segunda onda de coronavírus.

A população, fundamental nesse processo, precisa oferecer a contrapartida, se conscientizar e contribuir, fazer sua parte, ficando em casa, se tiver comorbidade e mais de 60 anos, evitando aglomerações e usando máscara. Não precisa ser sacrifício, apenas seguir um rito de convivência com os que querem reduzir a força do coronavirus. 

O calendário do brasileiro está manchado, com palavras como  tristeza, mortes, desemprego, carestia. Existe um novo momento: o da esperança. Construído pela necessidade de sobreviver, proteger famílias e negócios, olhando para o futuro. 

A briga, agora, é por metas. Atingir algo que nos faça resolver ou buscar solução para o fim da pandemia. Todos juntos. A política é a matriz para solucionar. A trégua entre Congresso, STF e Palácio do Planalto representa, por enquanto, o começo da união de todos. Falta o remédio: a vacina.