quarta-feira, 7 de outubro de 2020

Mapa político brasileiro não será verde e amarelo e deixará de ser vermelho, mostram as pesquisas

As primeiras pesquisas divulgadas pelo Ibope nas capitais brasileiras mostram uma nova configuração política, o surgimento de novos nomes e a presença de políticos tradicionais.

No Rio Grande do Sul, Manoela d'Ávila, do PC do B, lidera. O prefeito Marquezan Júnior foi reprovado, está em quarto lugar. Terá que trabalhar muito para participar do segundo turno. Nas outras 10 capitais pesquisadas, apenas em São Luís, um bolsonarista está liderando. Em São Paulo, Russomanno, que virou Bolsonarista de ocasião lidera, mas sem folga. O PT está praticamente liquidado em todas as capitais. O eleitor aposta em novidades e, também, nas velhas lideranças, como em João Pessoa.

As pesquisas são apenas uma leitura de momento, mas sinalizam claramente a força política dos gestores que estão no poder ou o desgaste da administração. Em Salvador, ACM Neto tem 85% de aprovação. O candidato que lançou para sua sucessão chegou a 44%, está bem perto de vencer no primeiro turno.

As pesquisas do Ibope e Datafolha apresentam um resultado único: a saúde é a maior preocupação para 70% dos brasileiros . A pandemia de coronavírus despertou ainda mais o interesse da população para a saúde e a qualidade de vida.

De qualquer forma, à medida em que a data da eleição se aproxima, o eleitor vai decidindo em quem votar. As pesquisas apontam que, em média, 56% não resolveu em quem votar. 

A campanha eleitoral no rádio e na TV inicia nesta sexta-feira. Os candidatos com mais tempo apostam tudo nessa nova etapa para virar o jogo, liderar pesquisas e vencer a eleição em 15 de novembro. Eles têm razão em investir nas ferramentas de audiovisual. Cerca de 92% dos brasileiros buscam na televisão um entretenimento. Na outra ponta, a internet se tornou a principal ferramenta para demolir a imagem de adversários.

A verdade é que o eleitor aponta, até agora,  para um país que não terá a predominância do vermelho da esquerda, nem o total verde amarelo do bolsonarismo. O comportamento parece seguir uma linha de aposta em quem se conhece.