A população de Fortaleza está sendo bombardeada com fake news e algumas verdades sobre a pré-campanha na capital. A chave virou: a pandemia é o segundo tema. Um erro. O coronavírus mata todos os dias mais de mil brasileiros e os cearenses estão nas listas do obituário. Mas, hoje, a pauta número um é a eleição.
Um olhar rápido nos remete ao número de 20 pré-candidatos, uma ampla e cansativa discussão entre eles e muito pouco conteúdo. O debate é pobre. A pauta é inconclusa e quase nenhum tem propostas para gestão.
Velhas raposas entraram em cena, ao se aproximarem dos candidatos com possibilidade de chegar ao segundo turno. Isso é um bom sinal. Cria um ambiente de esperança para uma pauta que a cidade precisa.
Fortaleza é turismo, serviço, negócios, confecção, artesanato e eventos, incluindo grandes festas. Essa agenda não está sendo proposta. Talvez, os mais experientes possam colaborar, ao introduzir esses temas no debate na campanha. Seria muito bom.
O que fazer com o legado pós-pandemia? O que fazer com o Polo Gastronômico da Varjota? Como aproveitar a nova Beira Mar? Como aglutinar as paisagísticas avenidas Desembargador Moreira é Abolição ao contexto dos corredores comercial e turístico? Nada se ouviu, até agora, nas falas dos pretendentes a governar a capital que mais evoluiu em mobilidade, saúde e gestão em todo o país.
Fortaleza, em números, comparada a outras capitais do Nordeste, é a cidade que mais recebe turistas, tem o maior PIB, Hub aéreo, a melhor hotelaria e o mais atrativo parque aquático da América Latina. Possui, ainda, os maiores números em mobilidade, com as extensas ciclofaixa, binários e novos passeios nas vias.
O eleitor está observando tudo. Só a discussão direita-esquerda, o discurso acusatório, a chuva de denúncias e o vazio do lero-lero não devem vingar. A percepção do eleitor é bem mais aguçada e não pode ser minimizada.