sexta-feira, 7 de agosto de 2020

O dinheiro da Fecomércio é do empresário e não do governo


O empresário do ramo farmacêutico, Maurício Filizola, é um profissional no sindicalismo patronal. Há 22 anos, é o amigo do peito do, também, líder sindical e bem sucedido empresário da área de serviços, Luiz Gastão. A parceria entre ambos colocou a Fecomércio do Ceará no topo dos modelos de gestão. O braço da entidade, em 20 anos, se estendeu em 40 localidades, cobrindo todo o Ceará , levando formação profissional para o comércio no sertão, projetos culturais e escolas para filhos de comerciários. O padrão Fecomércio é alto. Conseguir matrícula numa escola da Fecomércio é difícil, não porque a entidade crie dificuldades, mas por ter muita procura. São 35 pessoas por vaga. Nem a universidade pública tem tamanha procura. O Sistema forma 10 de cada 10 trabalhadores e novos  empresários para o varejo e os serviços. Todos os chefes de cozinha dos melhores restaurantes do Ceará, assim como os melhores profissionais que comandam e trabalham em salões de beleza saíram das escolas e laboratórios do Senac.

Piauiense, com residência no Ceará, desde a infância, Maurício Filizola é dono da rede de farmácias Santa Branca, um negócio que nasceu há menos de 10 anos e já se espalhou por mais de 20 bairros. O nome do negócio foi escolhido sob inspiração humanitária e com caráter desafiador. Santa Branca foi uma jovem assassinada por não aceitar negar Jesus para um grupo de desumanos.

No comando da Fecomércio, Filizola desafia o governo federal, ao tentar mostrar à sociedade que a entidade sobrevive das empresas de serviços e do comércio. Não do governo. Seu relato é baseado na lei que criou a forma de financiar a aprendizagem comercial, onde o governo apenas recolhe na folha de pagamento das empresas as contribuições e as repassa. "Não tem nada de imposto cobrado da população, é preciso esclarecer", comenta Filizola, com sua voz mansa, ao estilo de cantador sertanejo.


A verdade é que, em 20 anos, a Fecomércio Ceará que funcionava em apenas um prédio, uma unidade modesta, na avenida Duque de Caxias. Hoje, está em vários bairros de Fortaleza e se espalhou por dezenas de municípios, preparando gente para o novo mercado de trabalho, estimulando movimentos culturais, através da Mostra Cariri, do projeto Povos do Mar, do Mesa Brasil, do esporte, com o Futsal, e espalhando amor em projetos sociais, onde distribui comida, roupas e a higiene em sua rede social.

Maurício Filizola, em seu gabinete, não tem luxo, exibe resultados em fotos, premiações e homenagens que a Fecomércio Ceará recebeu,  pela grande virada comandada por ele e seu parceiro Luiz Gastão, em duas décadas de gestão, apontando sempre para o crescimento e o futuro.