quarta-feira, 10 de junho de 2020

Camilo Santana: A eleição no meio de uma pandemia é o "novo normal". Para que pressa?

O mundo político é diferente do universo normal. É paixão pura. O debate vai aquecendo, acompanhando o calendário eleitoral . 

O poeta número 1 do Brasil, Carlos Drummond de Andrade, era um crítico, mas também um espectador da política e resumiu seu conceito sobre sobre eleições em uma curta frase:  "Uma eleição é feita para corrigir o erro da eleição anterior, mesmo que o agrave". Todos falam o mesmo da boca para fora. Ao final do debate, escolhem o candidato e está feita a aposta.

Os mais de 150 milhões de eleitores brasileiros gostam dos pleitos municipais. O índice de comparecimento é maior que nas eleições estaduais para governador, deputados e presidente da República. 

Os 5.570 municípios brasileiros elegerão seus prefeitos. Com eles, 57 mil vereadores, que custarão R$ 10 bilhões ao mês. Também, estarão na conta do contribuinte os vice- prefeitos. O pacote completo custa cerca de R$ 22 bilhões, todos os meses.

A eleição, em meio a uma pandemia histórica, onde o vírus está matando sem escolher a quem, no mundo inteiro, preocupa, deixa cidades vazias, todos com medo. Mas, caso você perguntar no sertão, no interior e nas periferias das cidades, se o cidadão comum tem candidato nas próximas eleições, a resposta é rápida: "Ele não presta, mas eu tenho".

O eleitor é assim, mesmo, apaixonado. O governador Camilo Santana tem razão, não precisa pressa para escolher os candidatos. Mais importante é cuidar das pessoas, salvar vidas.

O eleitor pode esperar, ele está sempre pronto para vencer a aposta que fez, mesmo que, depois, reclame do próprio voto