sexta-feira, 8 de maio de 2020

Isolamento rígido: população de Fortaleza precisa colaborar para evitar o caos


"Precisamos de um tempo, para poder evitar mortes, salvar vidas, poupar famílias, promover a felicidade de quem ama os pais, filhos, parentes, amigos". A frase é do médico Roberto Cláudio, doutor em Saúde Pública pela Universidade do Arizona. Poucos conhecem, como ele, as consequências de epidemias entre populações carentes. 

O prefeito Roberto Cláudio, que nasceu em Fortaleza, está, a partir de hoje, entrando na fase mais importante da sua gestão na área da saúde: conter o coronavírus, duramente, nos bairros mais carentes e nas comunidades mais vulneráveis. Uma população que não trouxe o vírus, mas terá que mudar seus costumes para proteger a própria vida, evitando aglomerações, usando máscaras e ficando em casa. 

O tempo que o prefeito pede é para curar os doentes que estão nos hospitais, liberar leitos e instalar mais UTIs e novas vagas, ampliando hospitais para receber e tratar mais doentes. Ficar em casa, também, significa não ser alcançado pelo vírus. Evitar o sofrimento.

A imposição de limitar a circulação de pessoas e veículos na capital cearense é necessária. Nas principais cidades do mundo, só o isolamento radical conteve a maior disseminação do vírus. Nova York, Madri, Londres, Paris, Berlim, Lisboa e Buenos Aires, são exemplos a ser seguidos. Promoveram o isolamento radical e o número de mortes está sendo reduzido. Agora, tentam retomar a vida e as atividades, com os filhos retornando às escolas, abertura do comércio e circulação  nas ruas. Fortaleza está entre as capitais turísticas do planeta e foi alcançada duramente  pelo coronavírus. É o preço da globalização. 

A população da capital precisa, urgentemente, se conscientizar da letalidade da doença. O vírus mata, sem escolher classe social, cor ou bairro. Pior: não tem, ainda, remédio certo e vacina. Até descobrirem, temos que nos cuidar. Ficar em casa é a melhor opção.

Os ricos e empresários poderiam ajudar muito, estimulando seus funcionários e a população a ficar em casa, doar equipamentos, alimentos e não pressionando para retomada das atividades econômicas, em momento de pico da doença. O instante remete à solidariedade, pensar em vidas, se proteger. 

A Fortaleza do bom humor, da alegria, da caranguejada, dos bares, da música, dos shows, das barracas de praia e do povo na rua precisa pensar um pouco e medir as consequências que o Covid 19 nos impõe. Temos que apoiar as medidas para evitar consequências, que podem nos custar caro, como  não ver mais nossos pais, os filhos ao nosso lado. Fique em casa.