A eleição municipal foi antecipada. O ataque começou há dois meses, junto com o isolamento social determinado pelos governos estaduais. As redes sociais estão fervendo, com discussões em torno de fake news e debates estéreis. São denúncias, farpas, textos e ilustrações, bombardeando adversários. A pandemia é, também, pauta política. Pré-candidatos atuam de forma escancarada, não respeitam nem mesmo a lista de mortos.
Pelo calendário eleitoral, a campanha começaria dia 16 de agosto. Até lá, os partidos precisam realizar convenções, a partir de 15 de julho. Partidos se mantém em silêncio. Nada de bate-boca ou escolha de candidatos. O coronavírus é a única pauta dos gestores municipais e estaduais.
A rigor, estamos há 80 dias do início formal da campanha eleitoral, que é 16 de agosto, data em que inicia a propaganda eleitoral. O calendário eleitoral pode, ainda, sofrer alteração por conta da pandemia. O novo presidente do TSE, no seu discurso de posse, abriu essa possibilidade. "Podemos adiar ou não, mas a eleição será esse ano", pontuou.
Para o eleitor, essa eleição municipal terá contexto no debate sobre saúde, emprego, retomada da economia. Para partidos e candidatos, o debate precisa ser levado ao ringue criminal. Pré-candidatos mergulharam para evitar serem fisgados pelo coronavírus, que pode tirar vidas e destruir candidaturas antecipadas.
Bolsonaro, Lula, Ciro, Dória e Haddad serão expressivos eleitores em 2020. Quem vencer nas grandes cidades, terá mais chances em 2022, onde a cadeira de presidente da República estará em disputa.
O país pode assistir a uma campanha ao estilo "novo normal", ou seja, com candidatos mascarados.