segunda-feira, 4 de maio de 2020

Academia Cearense de Literatura e Jornalismo completa nove anos

Nós estamos comemorando os nove anos de existência da nossa Academia Cearense de Literatura e Jornalismo, que foi fundada no dia 04 de maio de 2011, tendo como Presidente o Prof. Doutor Rui Martinho Rodrigues e como Presidente do Honra o Senador Cid Carvalho.

A solenidade de instalação teve lugar no auditório da nonagenária Associação Cearense de Imprensa, prédio histórico em que nos sediamos até novembro de 2015, a convite de sua então Presidente, Ivonete Maia.

Desde dezembro de 2015 passamos a nos reunir no Palácio da Luz, acolhidos pela veneranda Academia Cearense de Letras, na pessoa do então Presidente José Augusto Bezerra, hoje nosso Membro Benemérito.

Neste espaço de tempo, além de muitas assembleias gerais, sessões da saudade, sessões eleitorais, reuniões semanais na Tenda Árabe, a ACLJ teve doze grandes realizações externas, extramuros, urbe et orbi.

Dois fóruns sobre as primeiras grandes manifestações populares no Brasil, em 2013 e em 2015; a edição de duas obras léxicas – as duas edições do Manual de Redação Profissional e o Dialeto Cearense; o lançamento da obra Eutimia, no Twitfor, ato comemorativo aos 40 anos da Unifor; dois manifestos à Presidência da República, o primeiro pela manutenção do Dnocs e o segundo pela nomeação do Reitor Cândido Albuquerque, as três edições do Sarau “Das Coisas de Dentro” e a produção do programa de TV “Um Livro Aberto”.

A nota triste é que ao longo desse período a ACLJ teve onze sentidas baixas, pois perdeu onze de seus mais ilustres integrantes, de todas as categorias acadêmicas.

Os Titulares Ivonete Maia, José Alves Fernandes, Edilmar Norões, Paulo Maria de Aragão e Roberto Martins Rodrigues, o honorário Ayrton Vasconcelos, e os Beneméritos Ivens Dias Branco, Yolanda Queiroz, Miguel Dias de Souza, Wanda Palhano e Airton Queiroz. 
     
A propósito, a numerologia considera que o número nove representa o fim de um primeiro ciclo, cumpridas as três fases de três triênios, cada um representado pelos três vértices do triângulo, significando a total realização mundana do ser, a partir da qual se adentra a etapa da espiritualidade.

Na filosofia maçônica, o nove é o princípio da criadora Luz Divina. Para os integrantes da “Sublime Instituição”, o ente novenário, pelo triplo do ternário, representa a junção do absoluto com o relativo, do abstrato com o concreto.

Para a cabala judaica, por ser o último número de um só dígito, o nove simboliza o limiar na transição para um novo patamar, para um plano mais elevado.

Tal como a inspiração antes da expiração, para a filosofia judaica, o nove representa a preparação antes do golpe, a tensão do arco antes de saída da flecha. Personifica o recolhimento, antes de se dar um novo passo. Já para a Umbanda o nove está relacionado ao amor universal.

Na Bíblia, o nove é o número dos Dons do Espírito Santo, cada um composto de três itens, e é o número dos Frutos do Espirito Santo, que são o Amor, o Gozo, a Paz, a Longanimidade, a Benignidade, a Bondade, a Fidelidade, a Mansidão e o Autocontrole.

Dito isso, ao comemorar o nosso nono aniversário, que sinaliza o fim de uma etapa e o início de outra, eu quero me congratular com todo o nosso arquipélago de acadêmicos, cada um uma ilha intelectual de beleza própria.

Mas todas elas interligadas, seja pelas rotas do afeto, seja pelas pontes da amizade. Faço votos de que na comemoração do aniversário de dez anos estejamos todos fisicamente juntos e, espiritualmente, ainda muito mais unidos.


Reginaldo Vasconcelos
           PRESIDENTE DA ACLJ