quinta-feira, 30 de abril de 2020

O novo início de Bolsonaro


O presidente Jair Bolsonaro surgiu revigorado, na semana após a saída de Sérgio Moro. "Meu governo está começando hoje(segunda, 27/04)", desabafou para os jornalistas que acampam no Palácio da Alvorada , em busca de declarações apimentadas do presidente. Antes, Bolsonaro parecia não se sentir à vontade no seu próprio governo, com a presença de Moro no seu calcanhar .

As pesquisas mostram que o ex-ministro era maior que o presidente em popularidade. Como o eleitor conferiu a Bolsonaro o papel de dirigir a Nação, prevaleceu o poder da caneta. Moro está desempregado e Bolsonaro segue presidente, mandando e tentando recomeçar.

O Ministério da Justiça e o comando da Polícia Federal ficarão com amigos dos seus filhos e dele presidente. Escolhas pessoais. O Ministério da Economia parece ser o próximo alvo, apesar do chefe da nação ter dito que Paulo Guedes é quem manda. O filme se repete.

Livre de Moro, Bolsonaro começa a operar com a bancada que odiava o homem que comandou a Lava Jato, deixando ajoelhados mais de 400 parlamentares a responder por diversos crimes. Cargos, dinheiro de emendas e verbas para obras estão na pauta. O próprio presidente está costurando o acordo com o "Blocão", conhecido no passado como Centrão. 

O Brasil, mais uma vez, assiste a mesma novela. O presidente refém de operadores políticos do Congresso Nacional. Foi assim com Sarney, Collor, Itamar Franco, Fernando Henrique, Lula, Dilma e Temer.