O Ceará é um pedaço do Brasil. Representa pouco menos de 2% do seu território e do Produto Interno Bruto. Cerca de 9,5 milhões de pessoas moram aqui, vivem do comércio, da indústria, da agropecuária, de serviços e de turismo.
Tudo parou, seguindo o mundo e a orientação da Organização Mundial da Saúde a OMS. A população está em casa, esperando a onda passar e o comandante Camilo Santana orientar sobre a melhor saída.
São 20 dias históricos. O dinheiro público está subsidiando vulneráveis, deixando, também, abrigo para a classe média e para os ricos nos hospitais. Classes sociais se misturam. Viramos iguais. Estamos vivendo tempos de solidariedade, corrente forte de união e troca de ideias.
Na política, a inversão: Bolsonaro avaliou a reunião com governadores nordestinos, tidos como de oposição, a melhor ação institucional. Em troca, acenou com apoio material e financeiro. O Sudeste, que o elegeu, deseja exterminá-lo, como se fosse o vírus. A política, também, está contaminando nossos ambientes.
Não há previsão de quando sairemos do isolamento. Estresse, dores do prejuízo financeiro, a difícil mudança de rotina. Os 20 dias nos mostraram que estamos na UTI, tentando sobreviver ao coronavírus. É melhor ficar em casa.