Parlamentares do PT na Câmara entraram com ação popular na Justiça do Distrito Federal contra o presidente Jair Bolsonaro e o chefe da Secretaria Especial de Comunicação Social (Secom), Fábio Wajngarten. A medida tem o objetivo de cancelar a campanha “O Brasil não vai parar”, que estimula a retomada de atividades durante a pandemia do coronavírus.
Assinam o documento o líder da Minoria, José Guimarães (CE), o líder do partido na Câmara, Enio Verri (PR), e a presidenta nacional da sigla, Gleisi Hoffmann (PR).
O grupo cobra o fim da propaganda do governo nas mídias sociais, rádio e televisão, além da devolução à União dos R$ 4,8 milhões que, de acordo com a imprensa, foram gastos para a produção dos materiais sem licitação. A peça também pede que a sentença seja encaminhada ao Ministério Público e que os acusados respondam pelo crime de improbidade administrativa.
Guimarães argumenta que a iniciativa se apresenta como “criminosa” ao estimular a população jovem a retomar as atividades normais. Ele lembra que autoridades médicas e científicas defendem o isolamento como fundamental para a queda da curva de transmissão do coronavírus.
“Trata-se de uma campanha cruel, pois ilude e minimiza os efeitos da Covid-19. A economia não pode estar acima da saúde das pessoas. Países como Itália contrariaram essa regra e acumulam milhares de mortos”, denuncia.