A perspectiva de poder é o insumo básico da política. Ter poder simboliza dinheiro, nomeações em cargos comissionados e até vitalícios. Significa eleger aliados nas câmaras municipais, nas assembleias e no Legislativo. É isso que move o jogo.
A política é alimentada pela força das lideranças. União, estados e municípios são geridos por pessoas eleitas pelo voto popular. Tornar-se liderança municipal, regional ou nacional se traduz em poder real, capacidade de decisão e influência.
Tasso construiu Ciro. Ciro construiu Cid. Cid construiu Camilo. Os três vestiram a mesma camisa durante anos. Hoje, estão em lados opostos. O eleitor vai decidir com quem o Ceará ficará e qual liderança é mais capaz de conduzir um projeto em andamento que não pode parar.
O alimento da política é a sensação de vitória. Ela engorda grupos, consolida alianças e permite controlar a sociedade por meio de projetos exitosos que melhoram a vida das pessoas. No jogo político, quem define o placar é a população. É o eleitor.
Ao tornar Camilo Santana seu principal alvo, Ciro Gomes tenta estabelecer como meta de campanha a retomada do protagonismo político, buscando se afirmar novamente como liderança maior do que o irmão Cid e do que o atual líder do projeto governista, o ministro da Educação, Camilo Santana.