segunda-feira, 8 de dezembro de 2025

Cid fala em ambição, rompimento e vaidades ao explicar a ruptura com o irmão Ciro

Cid Gomes, no repetido e quase sofrido interrogatório da imprensa sobre a crise familiar com os irmãos Ciro, Ivo, Lia e Lúcio, tem sido paciente, educado e mantém sempre a mesma versão sobre o rompimento político de 2022.

Aos que tentam estimular o desentendimento, Cid reafirma a separação entre o público e o privado, deixando claro que a família permanece preservada. Política é outra esfera — e isso ocorre em muitos lares. Pensar e agir igualmente na política não é exigência de nenhuma família.

A insistência na pergunta sobre a “briga” entre Ciro e Cid lembra a curiosidade diária sobre crises familiares de figuras públicas. Bolsonaro, suas mulheres e seus filhos; Lula, seus irmãos e filhos com Janja; Romeu Zema, que mora sozinho e pouco expõe a família; ou, aqui ao lado, no Recife, os irmãos Campos, que sequer trocam cumprimentos e seguiram para partidos diferentes. Famílias são diversas — e política, mais ainda.

Cid segue alinhado a Camilo e Elmano. Ciro ainda decidirá se entra na disputa pelo Governo do Ceará ou se assume uma tarefa nacional. O que poucos dizem é que Ciro sempre defendeu que o Ceará deveria atuar como oposição ao Governo Federal. Ele terá que optar: seguir o projeto que ajudou a construir no Estado ou continuar como palestrante, sem a obrigação de carregar políticos que não sobrevivem sem o “herbário”, arriscando seu próprio futuro.