A aliança partidária que garante sustentação ao Governo do Estado teve início na eleição de Cid Gomes, em 2006. Foi ampliada nas campanhas de Camilo Santana e se tornou ainda mais robusta na vitória de Elmano de Freitas, em primeiro turno, em 2022.
A crise entre PT e PDT abriu espaço para uma oposição mais estruturada e, agora, somou-se ao campo da extrema direita, que também se fortalece. O grupo pretende eleger um senador em 2026. O nome colocado é o do deputado federal e pastor Alcides Fernandes.
No campo do governador Elmano, o cenário é de excesso de pré-candidatos ao Senado. Estão no jogo Júnior Mano, José Guimarães, Chiquinho Feitosa, Luizianne Lins, Eunício Oliveira, Domingos Filho, Luiz Gastão, Moses Rodrigues e Zezinho Albuquerque. São nomes de pelo menos sete grandes partidos. “Na hora certa, vamos sentar”, resumiu o ministro Camilo Santana. Elmano, por sua vez, afirma que a eleição de 2026 só será efetivamente discutida a partir de março do próximo ano.
A disputa interna, paradoxalmente, anima o Governo. É consenso no meio político que a gestão Elmano vai bem. O governador tem interesse em manter a aliança e até ampliá-la. A dor de cabeça vem do sintoma clássico da política: a luta por espaço. Quem cede, cobra compensações.