É natural a ansiedade que passa pela cabeça de homens públicos que sonham em avançar para ocupar posições mais altas na composição do poder. O ministro Camilo Santana e o senador Cid Gomes já construíram consenso para a candidatura à reeleição do governador Elmano de Freitas, mas não conseguiram estancar a disputa pelas duas vagas ao Senado Federal.
Cid Gomes, atual senador, seria naturalmente candidato à reeleição, com amplo favoritismo, mas não pretende disputar. Defende que a vaga fique com o PSB e que o deputado Júnior Mano seja o candidato. O PT quer o deputado José Guimarães como candidato ao Senado. Aliados avaliam que o partido já detém o Governo do Estado, a principal cota da aliança. O MDB, com a vice-governadoria, também estaria contemplado.
Resta saber como encaixar Chiquinho Feitosa, Zezinho Albuquerque, Moses Rodrigues, Eunício Oliveira, Domingos Filho, Chagas Vieira e Luizianne Lins. São nove nomes para duas vagas. Caberá ao governador Elmano de Freitas, candidato à reeleição, montar a chapa a ser apresentada à população. Ele não esconde que a influência de Lula será grande, assim como a de Cid Gomes, seu nome preferencial para o Senado.
O ministro Camilo Santana, que sabe fazer o certo na hora certa, sempre aponta maio de 2026 como o mês ideal para as definições. A conclusão da janela partidária, momento em que todos ficam livres para trocar de partidos, será o pêndulo para a montagem das chapas proporcionais e majoritárias. Abril será o mês do diálogo, maio do ajuste fino e junho das definições, já que julho marca o início das convenções.