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É difícil compreender a montagem, por parte das oposições, de um cenário real e possível, com tantas diferenças e distanciamentos políticos que se somam e são históricos. As aversões entre campos opostos persistem, mas, afinal, a política aceita quase tudo.
No campo ideológico, a sensação de união passada por quem tenta montar uma aliança oposicionista sofre restrições. O mundo ideológico não junta esquerda e direita. Pode haver acordos pontuais, votações casuais, mas governar juntos é muito improvável. A disputa pelo voto e pela construção de um caminho viável exige uma candidatura de direita conservadora. “Eu sou o candidato do campo conservador. Juntos, construímos e mobilizamos a sociedade para se opor ao STF e ao PT”, afirmou o senador Eduardo Girão, que reforçou: “Sou candidato a governador até o fim. É a minha vez. Os outros já tentaram.”
Empresário, o senador Girão se apresenta como um político inovador. “Não sou candidato à reeleição ao Senado. Sou contra reeleição. Aprovei emenda reduzindo o mandato de senador para cinco anos. O atual, de oito anos, é muito longo. Também aprovei o fim da reeleição para todos os cargos. Isso renova a política”, disse.
Homem de fé, Eduardo Girão acredita na força da palavra, da oração e da família. “Tenho um projeto novo para o Ceará. O ciclo que está aí já se encerrou. E há quem já teve oportunidade querendo voltar com o mesmo formato. Mas a vez é minha. Creio”, afirmou o senador, que pretende convencer toda a oposição a apostar em sua candidatura — já com o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro e de sua esposa, Michelle Bolsonaro. A ex-primeira dama, inclusive, estará em Fortaleza no dia 30 de novembro com lideranças de todo o Brasil, lançando oficialmente a candidatura dele ao Governo do Ceará.