quinta-feira, 27 de novembro de 2025

Brigas políticas estão destruindo a economia e as gestões no Sertão

 

O ICMS 2026, em sua segunda publicação, revela o declínio de grandes municípios polo e a ascensão de cidades de porte médio. Juazeiro do Norte, Crateús, Quixadá, Iguatu, Limoeiro do Norte e Morada Nova estão perdendo força econômica.

O ranking é liderado por Fortaleza, seguida por Maracanaú, São Gonçalo do Amarante, Caucaia e Sobral. Também apresentam crescimento expressivo municípios como Itaitinga, Horizonte, Granja, Paraipaba, Caridade, Aracati, Tauá, Maranguape, Orós, Camocim, Aquiraz, Eusébio e Quixeramobim. Pacajus já foi o principal município do Vale do Caju e hoje está bem atrás de Horizonte, que era distrito. Foram 25 anos de briga política que comprometeram a economia e a gestão local. Contra números não há discussão.

Os gestores precisam observar os índices, planejar ações imediatas e encerrar disputas que paralisam cidades. A eleição passou. Agora é hora de administrar, deixando de lado pedidos de cassação infundados e considerando apenas os casos apontados pelo Ministério Público. Os índices deixam a lição clara.

Quixeramobim está implantando o primeiro Porto Seco do Nordeste e deve figurar, nos próximos anos, entre as dez maiores economias do Estado. Quixadá daria um salto se a refinaria da Petrobras fosse ativada com apoio da Transnordestina. Amontada cresceu com o turismo, e Nova Russas avançou fortemente na geração de empregos.

As menores arrecadações de ICMS no Estado são de Tejuçuoca, Saboeiro e Apuiarés. Logo acima aparecem São Luís do Curu e Mulungu, que poderiam estar em situação melhor, mas enfrentam estagnação provocada por disputas políticas.