Matar membros de facções não combina com os novos tempos, advertem governadores que vivem um inferno com a onda de violência em seus estados.
A extrema direita propõe a matança de integrantes de facções — tese rejeitada pelos governadores, que preferem o rigor da lei. Ninguém quer carregar esse fardo e, no futuro, ser julgado por famílias e tribunais como assassino de jovens.
O desafio é asfixiar, o mais rápido possível, os grupos criminosos. Ninguém no Brasil tem um projeto pronto. O Ministério da Justiça e Segurança Pública apresenta, até aqui, a melhor proposta: ampliar penas e acabar com as facilidades para soltura de criminosos, baseadas em reeducação e benefícios por primariedade.
Com a violência atingindo níveis extremos em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais — estados governados pela direita e extrema direita —, deputados decidiram debater o projeto que aumenta punições. A ideia é arrastar o tema das facções até a campanha eleitoral.
O discurso da segurança é o que mais satisfaz os eleitores no momento, ou parte deles. Nas redes sociais, só se fala nesse tema — com ou sem exageros, entre verdades e mentiras.