terça-feira, 28 de outubro de 2025

Deputados que defendem assassinato em massa de membros de facções não terão apoio de governadores

 

Matar membros de facções não combina com os novos tempos, advertem governadores que vivem um inferno com a onda de violência em seus estados.

A extrema direita propõe a matança de integrantes de facções — tese rejeitada pelos governadores, que preferem o rigor da lei. Ninguém quer carregar esse fardo e, no futuro, ser julgado por famílias e tribunais como assassino de jovens.

O desafio é asfixiar, o mais rápido possível, os grupos criminosos. Ninguém no Brasil tem um projeto pronto. O Ministério da Justiça e Segurança Pública apresenta, até aqui, a melhor proposta: ampliar penas e acabar com as facilidades para soltura de criminosos, baseadas em reeducação e benefícios por primariedade.

Com a violência atingindo níveis extremos em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais — estados governados pela direita e extrema direita —, deputados decidiram debater o projeto que aumenta punições. A ideia é arrastar o tema das facções até a campanha eleitoral.

O discurso da segurança é o que mais satisfaz os eleitores no momento, ou parte deles. Nas redes sociais, só se fala nesse tema — com ou sem exageros, entre verdades e mentiras.