domingo, 26 de outubro de 2025

Cantinho do Frango celebra 31 anos com festa à altura da própria história


O domingo promete ser de casa cheia no Cantinho do Frango. Dia 26, a partir das 18h, o bar-restaurante da rua Torres Câmara celebra 31 anos de atividade com um tributo a Belchior. O show coletivo “Galos, Noites e Quintais” é uma homenagem ao próprio espírito do lugar, esse encontro de vozes, sabores e memórias que há três décadas dá o tom da boemia e da gastronomia fortalezense.


A festa vai reunir um elenco de artistas que têm história no palco e na mesa do Cantinho: Natasha Faria, Juruviara, Mona Gadelha, Lúcio Ricardo, Oscar Arruda, Felipe Cazaux, Lúcia Menezes, Gabriel Aragão, Luisinho Magalhães, Alan Moraes e a banda Renegados. O couvert custa R$ 20, e o repertório promete transitar entre a obra do trovador sobralense e canções que marcaram gerações.


Misto de boteco e sala de estar dos amigos, o Cantinho é um lugar cheio de história e de histórias. Caio Napoleão, o proprietário, é um apaixonado por música e por cultural. Um dos exemplos da valorização é a escultura em tamanho real de Belchior, violão em punho, habitué numa das mesas do bar. O trovador cearense ganhava sempre a companhia do público, que não resistia a tirar uma fotografia ao lado do ícone.


O Belchior do Cantinho, nesta semana, ganhou uma nova companhia: Chico Anysio. A nova escultura, do gênio cearense do humor universal, agora divide a mesa com o compositor.



Ao longo dessas três décadas, o Cantinho virou cenário para shows de Fausto Nilo, Rodger Rogério, Mona Gadelha, Lúcio Ricardo, Claudio Nucci, Di Melo, Odair José, entre tantos outros. Um espaço onde o tempo é contado em canções e o fogo nunca se apaga.


Sabores e arte

Cantinho do Frango nasceu em 1994, quando Caio Napoleão, então com 22 anos, resolveu improvisar uma pequena churrasqueira na entrada da casa dos pais, na rua Torres Câmara. Dos 25 frangos que assou no primeiro dia, só um foi vendido. A anedota contrasta com o crescimento do negócio. Hoje, a casa tem capacidade para mais de 700 pessoas e é reconhecida pelos sabores e por sua programação.


O galeto ainda está lá, temperado com vinho, mas o negócio ganhou uma carta diversa, com destaque para a gastronomia cearense. É ainda palco e ponto de encontro, mas sem perder a sensação de estar na casa de um amigo. Hoje, além da unidade original, tem endereço também no Parque Manibura, e uma estrutura que reúne barbearia e loja de vinil.

Um dos tesouros do local é sua carta de cachaças. São quase 500 rótulos disponíveis, de todas as partes do país, com destaque para as aguardentes artesanais.