A Prefeitura de Fortaleza lançou, nesta quinta-feira (11/9), o Plano Municipal de Redução de Riscos (PMRR). A iniciativa conta com investimento de R$ 700 mil do Governo Federal, por meio do Ministério das Cidades, e será executada em parceria com o Serviço Geológico do Brasil (SGB).
O PMRR tem como objetivo atualizar o mapeamento das áreas de risco da capital, identificando ameaças como alagamentos, inundações e deslizamentos, além de levantar informações sobre as vulnerabilidades da população e do território.
Como destacou a vice-prefeita e titular da Secretaria Municipal dos Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SDHDS), Gabriella Aguiar, a ação é fundamental para que a Prefeitura possa se antecipar às medidas de enfrentamento da próxima quadra chuvosa.
“Nós já estamos em setembro e atentos à próxima quadra chuvosa, buscando prevenir e reduzir os riscos enfrentados pela população mais vulnerável de Fortaleza. Este ano, a Defesa Civil teve o desafio de começar praticamente do zero, assim que assumimos a gestão. Agora, a realidade é diferente: estamos trabalhando em parceria com o Governo Federal, por meio do Ministério das Cidades, que nos apoia nessa preparação”, afirmou.
A partir desse diagnóstico, serão propostas medidas para prevenir ou reduzir os impactos nas comunidades. O trabalho terá duração de 18 meses e deverá resultar em um instrumento estratégico para orientar as ações da gestão municipal no enfrentamento dos riscos ambientais e sociais.
Na manhã desta quinta-feira, no auditório da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), ocorreu a primeira ação do plano: uma reunião de alinhamento com lideranças comunitárias e agentes de Relações Comunitárias e Cidadania. Técnicos apresentaram a metodologia de trabalho, explicando como serão realizadas as visitas às comunidades e esclarecendo dúvidas dos participantes.
O secretário de Relações Comunitárias (SERC), André Barbosa, comentou os desafios enfrentados pela atual gestão e destacou que o plano será realizado de forma integrada com várias pastas municipais e com escuta ativa da população mais vulnerável.
“Assim que iniciou a gestão, o prefeito Evandro Leitão teve a preocupação imediata de responder a um grande desafio: o período de preparação e prevenção havia sido perdido. Foi preciso agir em várias frentes ao mesmo tempo: prevenir, preparar, responder e reconstruir”.
“Essa união é fundamental para reduzir as áreas de risco, realocar famílias de forma segura para novas moradias próximas de suas comunidades, preservando seus vínculos sociais, e, ao mesmo tempo, avançar na reconstrução, eliminando de vez os pontos de risco”, concluiu.
O coordenador da Defesa Civil de Fortaleza, tenente-coronel Haroldo Gondim, também reforçou a importância do mapeamento participativo.
“Este será um mapeamento participativo. Quando falamos de Estado, sabemos que os desastres acontecem nos municípios. E quando falamos de uma capital, eles acontecem nas comunidades. Por isso, nada mais justo do que ouvir quem vive de perto essas dificuldades, quem conhece o próprio território e enfrenta diariamente os transtornos”.
Após a conclusão das visitas em todas as Regionais, será possível elaborar um diagnóstico atualizado e propor soluções específicas para cada realidade. Com isso, o PMRR permitirá o planejamento de políticas públicas mais eficazes e adequadas às necessidades locais, fortalecendo a prevenção e a redução de desastres.