Não foi só centro-esquerda e esquerda que foram às ruas contra o retrocesso simbolizado pela Proposta de Emenda Constitucional que concede anistia a golpistas, cria blindagem para deputados e senadores e ainda ressuscita o voto secreto nas votações da Câmara e do Senado Federal.
“Nós queremos o Congresso Nacional votando pautas de interesse dos brasileiros, como a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até cinco salários mínimos, ampliando a redução para quem recebe até R$ 7.500; a PEC da Segurança Pública, que deve ser prioridade nacional; e o fim da escala 6x1. Não queremos uma PEC que cria uma casta de intocáveis, promove anistia a quem atentou contra a democracia, tentou aplicar um golpe de Estado e, mais grave, propõe a volta do voto secreto. No Ceará, não teremos esse retrocesso”, afirmou Romeu Aldigueri, falando em nome dos deputados. O chefe da Casa Civil, Chagas Vieira, seguiu no mesmo tom: “O Brasil precisa de justiça social, aumentar a proteção aos que ainda precisam comer, morar e trabalhar, e não de ditadura.”
A novidade na manifestação foi a presença de conservadores e políticos de centro, contrários à radicalização e ao retrocesso. Eles não aceitam leis que resgatem práticas ditatoriais, nem o fim da transparência na política e nas decisões sobre o futuro da nação.