O ministro Camilo Santana lidera mais de 180 prefeitos, deputados, vereadores, lideranças políticas e comunitárias. Recebe a todos, em Brasília e em Fortaleza, com o mesmo sorriso, escuta, orienta e, principalmente, atende às solicitações.
O silêncio do atual líder do ciclo da política cearense é estratégia, mas também parte de seu comportamento: respeitar opiniões, pensamentos e o estilo de cada aliado. Não há pressão, tampouco desrespeito aos acordos. Camilo é um “Cid Gomes apurado”, sem os arroubos do maior aliado, a quem é grato e trata como irmão.
A provável candidatura de Ciro Gomes ao Governo do Ceará não causa preocupação ao ministro Camilo Santana. Pelo contrário, Camilo parece até estimular, ao deixar o chefe da Casa Civil rivalizar, chamando Ciro para o ringue político. “Não temos o direito de escolher os adversários, respeitamos”, tem declarado. Bem ao seu jeito, Camilo Santana ressalta que não aceita ataques pessoais: “Defendo uma oposição responsável, séria, que critique e apresente sugestões com qualidade e não cheia de ódio”, repete em todos os momentos.
Ao declarar que não quer ver Ciro Gomes candidato ao governo, o senador Cid Gomes, gênio político, enxerga a possibilidade real de derrota e o fim da carreira de um homem que considera preparado para missões nacionais. Cid sabe que a derrota de Ciro pode impactar toda a família. Para ele, há quem esteja bajulando e mentindo ao afirmar que Ciro venceria fácil no Ceará. É um grande risco. “Peço e rogo a Deus para que ele não seja candidato no âmbito local, será um contra o outro”, resumiu Cid.