O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) abriu distância sobre todos os potenciais adversários em eventuais segundos turnos na disputa presencial de 2026. É o que mostra pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quinta-feira. Se na pesquisa anterior, de julho, o petista aparecia empatado com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), no limite da margem de erro, o levantamento de agosto mostra que o chefe do Executivo venceria o bolsonarista por 43% a 35%. Lula tem vantagem sobre os demais candidatos por diferenças entre 10 pontos (Ratinho Júnior, governador do Paraná) e 16 pontos percentuais (o senador Flávio Bolsonaro e os governadores Eduardo Leite, do Rio Grande do Sul, e Ronaldo Caiado, de Goiás).
Em um cenário de disputa contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que está inelegível por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e só poderia concorrer caso a medida fosse revertida, Lula teria vantagem de 12 pontos. O petista também tem vantagem contra a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL), de 13 pontos, e do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), de 15 pontos.
A pesquisa também aponta que 47% dos entrevistados têm mais medo da volta de Bolsonaro do que da reeleição de Lula. Houve um avanço neste percentual entre os eleitores que dizem não ter posicionamento político, passando de 36% para 46%, enquanto o índice dos que dizem temer o petista recuou de 31% para 25%.
Na pesquisa espontânea, quando não é dada nenhuma alternativa para o entrevistado responder, o nome de Lula aparece com 16%, Bolsonaro tem 9% e os demais candidatos chegam a 1%. Aparecem Michelle, Ratinho, Tarcísio e Ciro Gomes (PDT). Já 4% informaram que votarão em branco ou nulo, ou não irão votar. Os indecisos são 66%.
A pesquisa foi realizada entre os dias 13 e 17 de agosto. Foram 12.150 entrevistas presenciais, feitas com brasileiros de 16 anos ou mais, que abrangem, além da avaliação nacional, amostra especial sobre a opinião dos eleitores de oito estados: São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná, Rio Grande do Sul, Goiás, Bahia e Pernambuco. A margem de erro é de 2 pontos percentuais na amostra nacional e em São Paulo e de 3 pontos percentuais nas estaduais.
(O Globo)