O município de Tauá, na Região dos Inhamuns, realizou nesta sexta-feira (27) a III Conferência Municipal da Pessoa Idosa, etapa local do evento nacional que acontecerá no segundo semestre. O evento reuniu lideranças, especialistas e representantes da sociedade civil com o objetivo de construir políticas públicas inclusivas, equitativas e participativas voltadas ao envelhecimento digno da população.
A prefeita Patrícia Aguiar destacou a importância da realização da conferência. “Participar desse momento é reafirmar o nosso compromisso com o envelhecimento digno, ativo e protegido. Os programas do Governo Federal fortalecem a rede local e nos ajudam a garantir que cada pessoa idosa, em cada território, seja vista, ouvida e respeitada. Em Tauá, envelhecer é viver com dignidade e cidadania. Temos aqui o programa ‘Maior Cuidado’, que traz dignidade para os idosos que precisam de maior atenção e de cuidados”, explicou a prefeita. O município de Tauá já conta com avanços importantes: o Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa está ativo, com legislação própria e Fundo do Idoso apto e regulamentado. A existência desse instrumento de controle social fortalece a capacidade da cidade de planejar e executar políticas públicas para esse público.
A conferência contou com a presença da médica geriatra Gabriella Aguiar, vice-prefeita de Fortaleza e secretária de Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SDHDS), que destacou em sua fala: “A cidade ideal é aquela que acolhe todas as idades. Envelhecer bem é um direito, não um privilégio”. Ela destacou o envelhecimento acelerado da população brasileira, tendência que também é seguida pelo Ceará e por Tauá.
“Segundo o Censo de 2022, o Brasil tem 32,1 milhões de pessoas idosas, representando 15,8% da população — um crescimento de 56% em apenas 12 anos. O Ceará segue essa tendência, com 10,4% da população composta por pessoas com 65 anos ou mais. Em Tauá, esse percentual é ainda mais expressivo: 13,43% da população local — cerca de 8.225 pessoas — são idosos, o que reforça a urgência de políticas públicas voltadas a essa faixa etária”, disse Gabriella enfatizando que existem desafios a serem superados como o preconceito etário, a necessidade de recursos, o fortalecimento de políticas públicas para a pessoas idosa e a interação federativa entre União, Estados e Municípios.