terça-feira, 27 de maio de 2025

Por que a direita cearense descarta Eduardo Girão?


Para os dirigentes do PL, o senador Eduardo Girão inviabilizou sua candidatura ao governo do Ceará por ter nacionalizado seu mandato senatorial, esquecendo a política cearense e garantindo mais espaço do mandato ao debate sobre o Ceará. “Ele é correto, ético, tem serviço prestado, mas ficou em Brasília, no campo nacional”, avalia o pastor Alcides, que pretende substituir Girão no Senado Federal.


Girão é pré-candidato ao Governo do Ceará pelo Partido Novo. Só com o Partido Novo, a candidatura de Girão afunda por falta de espaço no rádio e na televisão, apesar de ter ao seu dispor as redes sociais, onde atua bem.


A direita e a extrema-direita estão dialogando com o centro-direita e centro. Talvez esse processo ideológico deixe o eleitor confuso, mas existem estes campos. Eles podem se unir para enfrentar a aliança de centro-esquerda em 2026? Talvez. 


Ciro e Roberto Cláudio, nos seus nascedouros políticos, vieram de partidos de direita. Ciro veio da Arena, o partido de direita que foi criado para apoiar a ditadura militar. Roberto Cláudio teve o PHS - Partido Humanista Nacional, como primeira filiação. Ciro e RC se identificaram melhor no centro-esquerda. Capitão Wagner, presidente do União Brasil, é um homem de direita e Zezinho Albuquerque, presidente do PP, é de centro. Estes perfis estão na mira da extrema-direita cearense para provável aliança, onde caberia ainda o PSDB e o Cidadania. 


Pelo caminho até aqui percorrido, Girão será o candidato, se não for Ciro Gomes. Roberto Cláudio já avisou que estará fora da disputa pelo Abolição.