O amadurecimento político exibe líderes jogando com o tempo. O tempo é o maior carro-chefe da política. Não se pode antecipar o tempo: ele tem sua hora.
Imaginem Lula, candidato à reeleição, precisando obter 80% dos votos no Nordeste. Quem seriam os candidatos ao Governo e Senado? Seriam retirados dos atuais locais os grandes nomes do partido para disputas no Governo, Senado, Câmara e Assembleia?
A atmosfera política no Congresso do PSB girou em torno de especulação. O rompimento entre Cid e Camilo era o assunto número um, com apostas sobre um terceiro mandato de Cid. Outro tema era a candidatura de Chagas Vieira ao Senado Federal. Outro cenário era o PSB apoiar Elmano com a dobradinha Cid/Guimarães. Outra especulação mais forte e decisiva era a candidatura do deputado Júnior Mano ao Senado, dada como definitiva. Esse bastidor é assunto entre liderados. Eles não falaram no que está acima de tudo: a eleição presidencial.
Foi a partir da ausência de Camilo, Elmano e Evandro que foi acentuada a atmosfera das especulações. Cid Gomes chegou ao local do congresso ao lado de Eudoro e João Campos com todo o ambiente de composição do partido no Ceará pacificado. Cid revalidou, mais uma vez, sua amizade e parceria com Camilo.