O movimento de final de ano no Centro de Fortaleza exibe a pujança do shopping de rua e mostra quem tem o menor preço. Os lojistas da região central da capital têm novo perfil, estilo de negócios. Existem, também, os antigos comerciantes, marcas e lojas que, há quase um século, participam da vida do fortalezense.
O debate é uma pauta só: como salvar o Centro, transformando-o em um lugar minimamente civilizado, limpo, humano e, de verdade, um shopping a céu aberto? O novo prefeito terá essa missão. Não só a população, mas os próprios comerciantes e até ambulantes acham terrível o Centro da quarta capital do País.
Na campanha eleitoral, ficou evidente o descontentamento de lojistas, dos ambulantes e dos responsáveis pela segurança com a triste realidade provocada pela ausência do poder público. Os fiscais estão lá, sabe Deus como e fazendo o quê.
O campo das mudanças na região central da cidade está quase pronto. A maior será liberar as ruas, retirando o estilo europeu e adotando o que sempre marcou o livre trânsito de carros e pedestres. A ideia é espalhar camelôs, liberando calçadões. Todos vão ganhar.
É bom lembrar que as mudanças são propostas pelos mais interessados: comerciantes, ambulantes e frequentadores.