Os partidos políticos que atuaram nas eleições em Icó estão investigando um esquema de corrupção e fraude na cota de gênero no Partido Liberal (PL) , o que pode resultar na anulação de todos os votos recebidos pelos candidatos da sigla nas últimas eleições. A representação criminal eleitoral aponta indícios claros de que as candidaturas femininas do PL foram utilizadas apenas para cumprir a exigência legal da cota, sem a real intenção de concorrerem.
Entre os casos mais graves, está o de Magdala Peixoto, que recebeu R$ 10 mil do fundo partidário, mas obteve apenas 20 votos. Ainda mais contundente é a situação de Simoneide Costa, que, também, recebeu R$ 10 mil, porém não votou nem em si mesma, ficando sem nenhum voto. Esses fatos reforçam a suspeita de que praticamente todas as candidatas mulheres do PL foram incluídas apenas para fraudar.
Com a possível anulação dos votos do PL, a Coligação Unidos Por Um Icó Cada Vez Melhor deverá conquistar mais uma vaga na Câmara Municipal, alterando a composição do Legislativo local e fortalecendo ainda mais o grupo. A decisão final pode trazer grandes repercussões para a política local, alterando os resultados eleitorais em favor da coligação.