Quixelô caminha para se tornar a terceira cidade do Ceará com candidatos únicos no pleito deste ano, assim como as cidades de Mucambo e São João do Jaguaribe.
Isso poderá ocorrer na cidade de Quixelô em virtude da manutenção do nome do ex-prefeito Gilson Oliveira como postulante ao cargo de vice-prefeito na chapa de oposição, mesmo após o indeferimento de sua candidatura pelo Juiz Eleitoral de Iguatu, decisão essa que deverá ser mantida pelo Tribunal Regional Eleitoral.
A Justiça Eleitoral entendeu que ficou comprovada a existência de uma decisão colegiada de rejeição de contas de governo do candidato Gilson Oliveira, referentes ao exercício de 2011, no cargo de Prefeito Municipal de Quixelô. Essa decisão foi proferida pela Câmara Municipal, por meio do Decreto Legislativo no 01/2019, de 18 de janeiro de 2019, com base no parecer prévio emitido pelo Tribunal de Contas do Estado do Ceará, o que perfaz a exigência de "decisão do órgão competente que seja irrecorrível no âmbito administrativo".
Temos ainda que a norma do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre a escolha e o registro de candidatas e candidatos para as eleições, a Resolução TSE, nº 23.609/2019, fala que o prazo para substituição de candidatos que tiveram o registro indeferido, cancelado ou cassado, ou ainda, que renunciaram ou faleceram, se encerra em até 20 dias antes do pleito.
Dessa maneira, se o TRE/CE confirmar a decisão do juiz eleitoral após o dia 16 de setembro e mantiver o indeferimento da candidatura a vice do Gilson Oliveira, a chapa estará legalmente fora da disputa e o prefeito Adil Júnior se tornará candidato único nas eleições de 2024, em Quixelô.
E, vale lembrar que, a ex-prefeita e candidata à Prefeitura, Fátima Gomes, também, tem um processo correndo na justiça pelo mesmo motivo de seu vice: desaprovação de contas de governo, referente ao ano de 2021.
Se isso acontecer, o prefeito Adil Júnior precisa tirar 50% dos votos válidos mais um para ser reeleito. No entanto, como votos brancos e nulos não contam como válidos, é necessário apenas um único voto válido para que o atual prefeito continue por mais de quatro anos.
Mas na população fica a dúvida. A oposição irá manter tais candidaturas mesmo diante a tantos problemas com a Justiça Eleitoral, correndo o risco de ter a chapa indeferida no meio da corrida eleitoral? Ou essa seria uma estratégia para evitar a humilhação nas urnas no próximo dia 6?