Fui à Assembléia Legislativa acompanhar a entrega do título de cidadão cearense ao ministro de Direitos Humanos, o advogado e escritor paulista Sílvio Almeida, um negro que construiu protagonismo pelo talento, a larga cultura, a maneira simples de ver o Brasil.
Seu texto ou discurso foi uma obra prima, momento de alta literatura e riqueza no vocabulário. Silvio Almeida, o novo cearense, se apresentou como um frenético torcedor da história cearense nos seus vários aspectos.
O ministro citou a superação cearense, como o Estado foi isolado dos grandes movimentos econômicos como o ciclo da cana e do cacau. Numa genial reflexão, ele pontuou que nos ciclos políticos, de luta por liberdades, pelo fim da escravidão, pela República e o desenvolvimento econômico construído com as próprias mãos, o Ceará é modelar.
O título concedido pelos deputados Evandro Leitão e Renato Roseno foi o mais bem colocado nos tempos em que a honraria com tamanho valor é concedida a desconhecidos.