Acompanhei, durante a semana, as declarações dos pré-candidatos a prefeito de Fortaleza. Confesso que senti um vazio. São falas soltas sobre violência, nada mais.
Também, ficou evidente que a gritaria sobre facções é um discurso batido, impregnado na pauta e discursos eloquentes de quem utiliza energias para colocar um debate quente que envolve a cidade de Fortaleza, principalmente seu tecido mais frágil, a população da periferia.
Em uma entrevista, após sessão da Assembleia Legislativa, acompanhei de perto uma fala do pré-candidato a prefeito de Fortaleza, Evandro Leitão, quando fez questão de enfatizar que a violência provocada por facções é, sim, um grave problema, mas que a capital cearense tem outras tensões. Ele citou transporte, espaços para trânsito, mobilidade, ligação entre bairros e outras intervenções que a cidade necessita com urgência, na sua visão.
O pré-candidato, também, citou a necessidade urgente de discutir sobre saúde, educação e segurança com municípios vizinhos, tendo Fortaleza como protagonista. A capital é uma metrópole e não pode mais ser vista como uma cidade isolada do Mundo, pontuou o executivo que comanda o poder legislativo.
A cidade precisa de equipamentos importantes para se desenvolver. Bairros são isolados. O ex-governador Cid Gomes tentou integrar a parte mais isolada de Fortaleza com uma ponte estaiada, que passaria pelo Cocó e beneficiaria outros 15 bairros. Ambientalistas protestaram. O projeto está pronto, nas gavetas do Abolição. Seria uma boa discussão.