Tive o prazer de conviver por quase duas décadas, diariamente, com o Sebastião Belmino. A foto que ilustra este texto representa bem o cearense apaixonado pelo que fazia: comandar programas em vídeo. Era homem de TV.
Certa vez, ele atirou uma garrafa de vinho do patrocinador para o alto e não estourou. O proprietário da empresa, um gaúcho, ficou admirado e perguntou: “Por que fez isto, tchê?” Belmino respondeu que era para o povão comprar e arrematou: “Esse vinho não quebra, mas embriaga!”. O dono do produto, todos os dias, mandava vinho para o Belmino. “Os meninos do estúdio estão ‘papudinhos’, de tanto vinho com colonial”, dizia, unindo os patrocinadores, sempre sorrindo.
A generosidade era a marca do “Bel”, como os amigos o tratavam. Ao sair da TV Diário, ficou triste. Foi vítima de uma mudança de planos do Sistema Verdes Mares, mas nunca perdeu o sorriso, tinha sempre algo melhor em mente.
Belmino irá sorrir no céu, que sempre achou lindo. “Lá em cima, tem uma turma boa”, dizia, cantando “Olha pro céu, meu amor”. O apresentador amava as festas juninas e vestia camisa estampada durante o período de São João,
Ele falava de futebol, mas não ia a estádio. Via jogos em casa, nos bares, no meio do povo, nos restaurantes. “Tem muito ciço”, dizia.
O Sebastião Belmino era um grande ser humano entre nós e continuará sendo “Entre Amigos”. A imprensa cearense sempre respeitará esse ético profissional de imprensa e o sorriso do “velho Bel”. Até logo, irmão!