O julgamento político da ENEL, com condenação e punição, sugerindo a expulsão da empresa do Ceará anunciada pelo relator da Comissão Parlamentar de Inquérito, deputado Guilherme Landim, não cabe, do ponto de vista legal e institucional. Do ponto de vista político, tudo pode.
Em Goiás, a Enel deixou o Estado e entrou a empresa Equatorial. Foi uma saída, atendendo ao governo estadual, que decidiu fechar um acordo com a empresa. Resultado: o serviço piorou e o governo não sabe como resolver o problema. Com a política se envolvendo na iniciativa privada, sempre teremos resultados negativos.
A atitude do parlamentar é uma condenação antecipada ? Não caberia um voto de confiança à nova gestão da Enel?
O novo presidente da Enel, José Nunes, foi à Assembléia Legislativa esclarecer todas as dúvidas, apresentou o Plano de Ação da empresa e seu custo. O ano eleitoral não pode ser usado em uma questão dessa relevância.
A preocupação número um é não punir a sociedade. Esse ponto deve ser prioridade para o governo, para os deputados. Que o bom senso prevaleça.