A prática da socioeducação surgiu a partir da aprovação do Estatuto da Criança e do Adolescente, quando da implementação das medidas, representando importante conquista na atenção e intervenção com adolescentes autores de atos infracionais e crimes.
Apesar de representar um avanço, o estatuto pouco esclareceu sobre a concepção de socioeducação que pudesse justificar intervenções efetivamente promotoras do desenvolvimento dos adolescentes em cumprimento de medidas de reclusão.
O erro foi contratar pessoas sem preparo para tratar com jovens infratores. São adolescentes criados sem a devida atenção pela família e atraídos para o mundo do crime, por conta da facilidade de recrutamento para o universo das drogas, do tráfico e das facções.
O primeiro concurso para recrutar socioeducadores é, sem dúvida, uma importante ação, apesar de tardia. O que se espera é que concurseiros não sejam os recrutados, mas sim pessoas ligadas à psicologia e assistência social, educadores e até religiosos, para corrigir erros do Estado.