O ministro da Justiça e Segurança Pública fracassou na sua primeira grande decisão como chefe de uma pasta de alta visibilidade por tratar com o crime organizado.
Lewandowski agiu como se estivesse nos confortáveis gabinetes do Supremo Tribunal Federal, onde atuava como juiz, decidia e estava resolvido. No executivo, é diferente. É preciso investigar, ter informações e decidir com bom senso.
Numa decisão rápida, o ministro da Justiça ouviu lobistas e assessores inexperientes e disparou policiais federais, Força Nacional, Bombeiros com cães farejadores e agentes penitenciários de todo o Brasil para cassar dois fugitivos inexpressivos que pertencem a facções criminosas no Estado do Acre.
Ao gastar mais de R$ 40 milhões em diárias, aeronaves, alimentação, drones, viaturas e estrutura, como hotelaria para permanência por 45 dias das forças de segurança, o ministro Lewandowski ainda foi motivo de pauta de humor, forma bem nordestina de fazer crítica.
O resumo da operação mostra o quanto foi errado apostar na tentativa de recapturar presos fugitivos de imediato. Lewandowski chegou a declarar que seriam fáceis as prisões. Fica a lição.