quarta-feira, 17 de janeiro de 2024

Reunidas na Sema, entidades discutem ações para mitigar impactos dos resíduos descartados no Maranguapinho

A Secretaria do Meio Ambiente e Mudança do Clima (Sema) recebeu na manhã desta terça-feira (15), representantes de vários órgãos que discutiram entre outros assuntos, a implementação de ecobarreiras para filtragem de resíduos em um dos afluentes do rio Maranguapinho. Ecobarreiras são estruturas flutuantes que, ao serem colocadas transversalmente nos leitos fluviais, viabilizam a contenção do fluxo de resíduos flutuantes, majoritariamente constituídos por materiais plásticos e descartáveis.

De acordo com o secretário executivo da Sema, Gustavo Vicetino, o encontro atendeu demanda do    Instituto de Meio Ambiente de Caucaia (Imac). Ele informou que além de debater soluções como as ecobarreiras, em um primeiro momento, o que está em estudo entre as entidades é a celebração de um pacto para reduzir o volume de resíduos no rio Maranguapinho ou nos afluentes do mesmo. “Discutimos ações de educação ambiental, de fiscalização e monitoramento no leito do manancial, junto à todos os municípios que compõem a bacia do rio. A ideia é sensibilizar a população local a não jogar lixo no entorno do rio e a fazer parte desse processo de forma positiva”, disse.

O gerente regional da Cogerh das bacias metropolitanas, Rodrigo Vasconcelos, explicou que 95% da bacia do Rio Maranguapinho está em municípios fora de Caucaia e o material no leito é recebido pelo município, podendo acabar nas praias de Caucaia. “Para impedir, a coleta é feita antes que o material atinja a foz, destinando os resíduos ao aterro municipal. Está sendo feita uma força tarefa para mitigar o problema, visto que a solução seria ações de conscientização ambiental de longo prazo, junto à população.

Entre as entidades participantes do encontro, também presentes, representantes do Instituto Winds for Future, o Imac, a Secretaria das Cidades, a Secretaria de Urbanismo e Meio Ambiente de Fortaleza (Seuma), da Rede de Catadores do Ceará e do Parque Estadual Botânico do Ceará e técnicos das coordenadorias de Desenvolvimento Sustentável (Codes) e de Educação e Articulação Social (Coeas), da Sema. Foi constituído um grupo de trabalho (GT) para viabilizar à ação que está sendo chamada de Pacto pelo Maranguapinho.

Saiba mais

O Maranguapinho é o maior afluente do rio Ceará, nasce na Serra de Maranguape e desemboca no rio Ceará a 26km. A área da bacia do rio Maranguapinho tem 6571,53ha, abrange além de Maranguape, os municípios de Maracanaú, Fortaleza e Caucaia. É o maior afluente do rio Ceará.