sábado, 23 de dezembro de 2023

O dinheiro na política


O Brasil tem algo que se diferencia do mundo real: o exagerado financiamento público para os partidos políticos. O Fundo Eleitoral foi criado após a Operação Lava Jato mirar e prender agentes públicos e privados por lavagem de dinheiro para abastecer corruptos, políticos e partidos nas campanhas eleitorais. 

Até aí, tudo bem, O problema é que o Fundo Eleitoral foi engordando, saindo da casa dos milhões para o patamar dos bilhões de reais. Um acinte para um País integrado por meio de rádio, TV e Internet. 

A classe política está dividida sobre o valor de R$ 5 bilhões para financiar as eleições municipais em que os candidatos vão conversar com seus vizinhos e apresentar propostas para governar cidades onde moram. 

O Brasil está ultrapassando a linha do bom senso ao destinar essa fortuna para financiar candidatos. Até porque o contribuinte já banca outros R$ 2 bilhões para o Fundo Partidário. São 32 partidos que recebem os recursos. Foi criada no Brasil a indústria dos partidos políticos. 

Em qualquer país do Mundo, é inimaginável a nação, através dos tributos recolhidos do cidadão, destinar tamanha dinheirama para bancar eleições e partidos políticos que deveriam ser financiados por militantes, filiados, parlamentares, prefeitos e governadores. A democracia tem um preço, um custo, mas esses fundos são absurdos. No Primeiro Mundo, nos países desenvolvidos, não existe justiça eleitoral e muito menos fundos públicos para bancar eleição. Um ditado popular reflete a situação da classe política e das tetas oficiais com esse jorro exagerado de dinheiro: estão indo com muita sede ao pote.