Promover articulações nacionais e internacionais focadas na cadeia de hidrogênio é um dos objetivos do FIEC Summit, e o Centro Internacional de Negócios (CIN) da FIEC tem papel fundamental nesse propósito. O Encontro de Negócios, promovido na programação do evento e organizado pelo CIN, mobilizou nesta quarta-feira, 25/10, cerca de 40 empresas em 82 reuniões, oferecendo oportunidades de parcerias focadas no cenário de energias renováveis.
Entre elas, dez eram empresas-âncoras nacionais e multinacionais: Qair, Fortescue, White Martins, ABB, Casa dos Ventos, Hytron, ABB e Siemens, além de SENAI Ceará e Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE). O encontro deu espaço também à academia, trazendo oportunidades criadas no contexto da Universidade Federal do Ceará (UFC) e do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE).
Saul Mendonça, da Eletrobrás, destacou que a iniciativa permite, além das conexões, uma visão do panorama sobre o que as empresas estão desenvolvendo no segmento do hidrogênio verde. “É bem interessante para você saber quais são os planos das empresas que estão em operação aqui no Ceará, no Porto do Pecém, e até no Brasil mesmo. Temos uma visão bem ampla dos negócios. Achei bem diversificado, para nós da Eletrobrás, porque aqui você tem tanto potenciais consumidores da eletricidade quanto fornecedores de equipamentos e de serviços”, ressaltou o participante.
Para Rafael Farac, da ABB, a oportunidade de participar do Encontro de Negócios foi valiosa para a empresa. “Tivemos alguns contatos com algumas empresas e já temos alguns negócios encaminhados. Nosso intuito aqui realmente é demonstrar um pouco mais do nosso portfólio, estreitar esse contato com a pauta do hidrogênio verde e demonstrar os nossos diferenciais. Isso tem gerado bastante perspectivas para o futuro em relação a novas parcerias de sucesso”, conta.
Dayse Benevides, doutoranda de Engenharia Elétrica pela UFC, no segmento de Modelagem e Controle, trouxe para a rodada de negócios uma solução focada estrategicamente na realidade do Ceará para a cadeia do hidrogênio verde: uma planta de dessalinização por osmose reversa.
“O hidrogênio verde é uma tecnologia que demanda muita água, coisa que a gente não tem aqui no Ceará, então geralmente ele vem conectado justamente com uma planta de dessalinização, porque a gente não pode retirar água potável da população para aplicar e gerar hidrogênio verde. Ele começa a deixar de ser verde daí”, explica.
A pesquisadora teve momentos com as empresas Casa dos Ventos, que desenvolve, constrói e opera projetos de geração de energia a partir de fontes renováveis, e com a ABB (Asea Brown Boveri), multinacional líder mundial em tecnologias de energia e automação.
A gerente do CIN, Karina Frota, vê o Encontro de Negócios como um impulsionador de parcerias. “Empresas nacionais e internacionais puderam identificar, no ambiente de negócios, intersecções através da oferta e da demanda. Os encontros podem trazer benefícios a curto, médio ou longo prazo. É estratégico construir uma relevante lista de contatos, para impulsionar os negócios bilaterais. A eficiência desse tipo de reunião traz e fortalece parcerias e potenciais clientes”, relatou.