terça-feira, 10 de outubro de 2023

Exclusivo: documentos comprovam superfaturamento de contratos e enriquecimento ilícito na intervenção da Fundação Leandro Bezerra de Menezes


(salário de Luís Carlos quase duplicado, com pagamento de restituição de "despesas")

Conforme nota publicada a semanas atrás, a Fundação Leandro Bezerra de Menezes segue sob intervenção judicial. O magistrado da 2ª Vara Cível de Juazeiro do Norte e a promotora responsável pela Promotoria de Crimes Contra de Juazeiro do Norte foram os responsáveis por acatar a indicar e nomear o interventor, Arnaud Baltar. A Seplag ficaria encarregada de analisar documentos e contratos da intervenção, o que nunca foi feito.

Arnaud Baltar indicou seu braço direito, Abimael Carvalho, como consultor jurídico que já recebeu mais de 1 milhão de reais em pouco mais de 1 ano. Abimael tem uma participação central no novo esquema financeiro da FLBM. Indicou o diretor executivo, Luis Carlos Queiroz de Alencar, que já aumentou seu próprio salário 2 vezes e recebe até insalubridade (inclusive retroativa), mesmo trabalhando somente na sede da empresa na aldeota apenas meio expediente (Luis Carlos é professor e dá aula em faculdade particular pela manhã). Abimael e Luis Carlos são muito próximos. Luis Carlos tem indicado empresas de pessoas amigas de Abimael, demonstrando total desvirtuação da intervenção.

Abimael também indicou o atual diretor do Hospital São Raimundo, Fábio Ricarte, que responde a duas ações de improbidade administrativa no Rio Grande do Norte, deixando o hospital em uma situação caótica. 




A documentação com quase 300 páginas, que comprova um possível calote coletivo, além do favorecimento de empresas amigas, as notas fiscais e contratos superfaturatos assinados por Baltar e Luis Carlos estão em poder do blog, que além de remetê-los ao Ministério Público, irá publica-los para que a população tenha conhecimento das ilegalidades e imoralidades da FLBM.

Em todos os contratos encerrados de prefeituras com a FLBM houve calote em fornecedores, cooperativas e cooperados (Caucaia Centro, Caucaia Jurema, Pecém, HGLAS, Horizonte, Jaguaribe, Aracati). O rombo atual ultrapassa 15 milhões de reais e pode ser maior com o encerramento dos contratos com a Prefeitura Municipal de Fortaleza, já que a empresa não tem dinheiro para honrar com fornecedores e funcionários para encerrar os contratos.