O governador em exercício do Ceará, Evandro Leitão, não gostou do que ouviu do diretor do CRIO, Dr. Chicão. O gestor informou que 500 novos casos de câncer estão deixando de ser atendidos, somente no CRIO, todos os meses. Em sete meses, foram 3.500 pessoas, das quais muitas morreram. O depoimento é grave.
O governador ouviu o dirigente colocar claramente que a briga política gerou o problema, apontando que a Prefeitura de Fortaleza determinou a suspensão dos atendimentos. O representante municipal afirmou, de forma explícita, que a Prefeitura quer ser renumerada por cada paciente enviado do interior. Evandro ficou indignado com a falta de iniciativa para o diálogo, antes de a decisão ter sido tonada, e determinou um encontro entre as partes, a fim de buscar solução urgente.
O mais grave nesse processo é o silêncio do Ministério Público, que foi acionado e nada aconteceu. Representantes dos deputados estaduais, federais e vereadores ouviram os depoimentos.
A gravidade da suspensão do atendimento aos novos pacientes com câncer e a interrupção dos tratamentos nunca tinham ocorrido. É preciso um remédio rápido para este caso, como determinou o governador.