segunda-feira, 3 de julho de 2023

Tasso, fora de contexto, critica Elmano, mas seu partido faz parte da base do governador


Em pronunciamento no encontro do PSDB, o ex-senador Tasso Jereissati anunciou sua decisão de não mais disputar mandatos e de entregar o controle da legenda à uma nova geração.

Na ocasião, olhava para Élcio Batista e Katarina Brazil. "Não sou mais político. Estou aqui para defender partidos éticos. Não existe mais partido, só fisiologismos", disparou Tasso. 

Disse ainda reconhecer existir no Brasil um partido defensor do socialismo, o PT. Jereissati havia acabado de criticar o governador Elmano, que decidiu montar um governo, com metade homens e metade mulheres, atendendo com secretarias a setores da sociedade que antes não estavam no radar dos governos: indígenas, mulheres, segmento LGBT+ e Sem Terras. 

Tasso, de repente, foi advertido de que a bancada do seu partido na Assembleia apoia o governo Elmano. Na eleição de 2022, ele foi responsável por uma manobra política que criou uma profunda crise no PSDB. Sob o mando de Chiquinho Feitosa, o partido decidiu apoiar as candidaturas de Elmano e Camilo, com Chiquinho sendo o 1º suplente do Senado. Tasso interveio e desmontou toda a tática traçada, lançando o partido nos braços do PDT. 

Resultado: a justiça decidiu tirar o PSDB da chapa majoritária. Chiquinho Feitosa foi o maior prejudicado, perdendo o partido e a suplência. Hoje, seria senador, com a licença do titular Camilo Santana, que ocupa o Ministério da Educação. Um dia o porquê de toda a crise tucana será esclarecido.