quinta-feira, 13 de julho de 2023

O câncer não escolhe político ou partido


A semana começou com o anúncio do CRIO, um hospital privado que presta serviço para o SUS e planos de saúde, informando que não mais receberia novos pacientes. A unidade atende à grande maioria de pessoas pobres com câncer, vindas do interior e da periferia de Fortaleza. Outros prestadores, também, estão suspendendo ou reduzindo o atendimento. 

Pala gravidade que a situação impõe, é responsabilidade do Ministério Público interferir e buscar uma solução urgente. Ficou claro, nos debates na Assembleia, que se trata de uma questão política, envolvendo o governo federal, estadual e a Prefeitura de Fortaleza. 

Quando o tema entrou em debate, logo houve acirrada discussão. Pior: os deputados deixaram o Plenário, como se estivessem fugindo do problema, o que mostra a gravidade da situação.

É necessária uma mediação urgente para decidir quem é que recebe ou não o recurso do SUS, quem paga e como chega na ponta, nas clínicas e hospitais. 

Imaginem a humilhação que os pacientes, às vezes crianças ou jovens, são submetidos, diante de tal quadro, que remete ao mais primitivo e repulsivo dos crimes. 

 Uma medida imediata deve ser tomada para sanar tal absurdo. Os pacientes diagnosticados com câncer ou em tratamento precisam  receber cuidados, com exames, medicação, procedimentos de quimioterapia e radioterapia. A justiça precisa ser feita para que cidadãos não tenham seus direitos desrespeitados e suas vidas abreviadas.