Em Fortaleza, para uma homenagem do Banco do Nordeste, o ministro da Educação Camilo Santana falou de sua gestão e respondeu aos ataques de um antigo aliado. “Eu estou no lugar que sonhei, a área da educação, onde encontrei um ministério destruído, mas vamos reconstruir e ajudar as crianças brasileiras”, disse o ministro.
Perguntado sobre as declarações do ex-governador Ciro Gomes, que o acusou de ser um “homem sem escrúpulos para chegar ao poder”, respondeu, mais uma vez, se referindo a seu trabalho no MEC. “Eu trabalho pelo Brasil e minha prioridade é a educação”. Nas entrelinhas, a frase tem uma leitura: o ministro Camilo considera Ciro Gomes desagregador.
A aliança entre Ciro e Camilo resistiu às eleições de 2018, quando o petista preferiu o pedetista a Fernando Haddad, que assumiu a campanha do PT ,após Lula ser impedido de disputar. O então governador do Estado se equilibrou, sem se indispor com os dois lados. Em 2022, Ciro queria de Camilo um apoio claro a sua candidatura e acusou o aliado de preferir Lula por uma promessa de ministério. Pós-eleições, o candidato derrotado à presidência seguiu fortalecendo uma ala do PDT que deseja o rompimento com o PT. O racha opôs não apenas Camilo a Ciro, mas este a seu irmão, Cid Gomes.
Ainda sobre o ex-aliado, Camilo pediu que fossem lembradas suas palavras do dia 1º de abril de 2022, último dia do petista como governador do Estado. Na ocasião, foi inaugurado em Barbalha, terra de Camilo, o Santuário de Santo Antônio. Seus principais aliados da época prestigiaram o evento. Entre eles, Ciro, que elogiou a gestão de Camilo, destacando que ela terminava sem ter o nome do governador envolvido em escândalos de corrupção, sendo assim um grande exemplo do governador do Ceará.