Em um olhar sem muito rigor para o mapa do Brasil, se descobre um claro desequilíbrio entre os estados em áreas estratégicas, como economia, infraestrutura, saúde, educação e segurança. Esse desequilíbrio ocorreu por conta da força política de alguns estados junto aos governos instalados em Brasília.
São Paulo é o que detém mais ministérios, seguido por Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Paraná, Minas Gerais, Bahia, Pernambuco e Brasília. O Ceará voltou a ter um ministro, na gestão Lula, com Camilo Santana na Educação. Cid Gomes tinha sido o último ministro cearense e ficou no cargo três meses. Saiu, após uma briga com o então presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha.
Um ministro significa recursos, execução de projetos, desenvolvimento, obras, construção de hospitais, escolas e recursos para manter indústrias e estradas. Ministério é poder, influência com outros ministérios e prestígio. Vejam Camilo Santana: em apenas cinco meses, mandou concluir 243 obras no Ceará, ampliou o hospital universitário e vai reformar todo complexo hospitalar da UFC.
Nos governos Temer e Bolsonaro, o Ceará não conseguiu indicar um só ministro, um nome para gerir uma grande estatal. Isso significa atraso. O crescimento do Estado se deve às boas gestões de governadores e não de Brasília.
É preciso entrar em campo, convencer o presidente Lula a ceder mais ministérios para o Ceará. Será uma evolução. Pernambuco, Bahia, Paraíba e Piauí têm mais ministros do que o Ceará. Temos que avançar.