sexta-feira, 2 de junho de 2023

Prefeitos que tentam pacificar o PDT partem do princípio de que Ciro e Cid vivem crise política e não familiar

O grupo de gestores municipais que representa 65 prefeitos do PDT está mediando a pacificação do partido e atuando em várias frentes, para evitar consequências graves, como uma debandada de pedetistas para outras siglas partidárias. Para o grupo, Cid Gomes é o líder da pacificação. Acham que, sem Cid, o partido implode. 


Convictos da necessidade urgente de ajustar as diferenças, os prefeitos procuraram individualmente Cid, Ciro, Sarto, Roberto Cláudio, Gardel Rolim, Evandro Leitão e André Figueiredo. De forma didática, os prefeitos apresentaram a fórmula para tirar o PDT do fosso. 


O primeiro diagnóstico foi feito: para os prefeitos, o problema entre Ciro e Cid não é familiar e sim político. “Coincidentemente, os irmãos são políticos e defenderam pontos de vista diferentes. Cid queria a reeleição de Izolda e Ciro pregava apoio à candidatura de Roberto Cláudio. “A divisão interna provocou a ruptura completa”, afirma um dos interlocutores que cuida da pacificação.


Todos apostam numa reflexão profunda dos líderes do partido para apoiar o plano de unir o PDT. “Se nos unirmos, vamos sentar na mesa com o Camilo e o Elmano para, com ética, ouvir o que querem do PDT em apoio ao atual governo e como vamos nos comportar na eleição de 2024. Se unidos ou vamos nos enfrentar”, diz um dos prefeitos. O pior dos cenários é manter a atual situação. Cid e outros líderes do PDT podem desembarcar do partido e a legenda se tornar moribunda como o MDB.